A 27ª edição da Conferência das Partes (COP27) teve início na última semana em Sharm El-Sheikh, no Egito.
A maior conferência sobre clima da ONU reuniu líderes de nações, do setor privado, da academia e da sociedade, que debateram diversas pautas relativas ao universo da sustentabilidade e do combate às mudanças climáticas.
Sob o lema “Juntos pela Implementação” (#TogetherForImplementation), a agenda da primeira semana se debruçou sobre os temas de Finanças, Ciência, Juventude e Futuras Gerações, Descarbonização e Adaptação e Agricultura. A Cúpula dos Líderes Mundiais abriu a Conferência no dia 7 de novembro.
Além das pautas oficiais, a questão de “Perdas e Danos” foi oficialmente incluída na agenda da COP27 e deve ser uma das grandes preocupações até o final do evento.
Diversos protestos também marcaram esta primeira semana e uma série de eventos paralelos aconteceram nas chamadas Green e Blue Zones e nos Climate Action Hubs, como o Brazil Climate Action Hub.
Confira alguns dos principais destaques da primeira semana da COP27:
A COP27 segue a todo vapor nesta segunda semana e espera ainda debater e aprovar muitas resoluções em prol do futuro do planeta e da humanidade.
Acompanhe em nosso Twitter o #DiárioDeImpacto, uma cobertura diária da Conferência com os principais destaques.
A maior reunião sobre clima da Organização das Nações Unidas (ONU) está de volta depois da última edição, em 2021, no Reino Unido.
Ambientada em Sharm El-Sheikh, no Egito, a 27ª Conferência das Partes (COP27) acontece de 6 a 18 de novembro e traz o lema “Juntos pela Implementação” (#TogetherForImplementation) para o centro dos debates, demonstrando que a hora para fazer é agora e que só vamos conseguir se trabalharmos em equipe.
A Conferência retorna ao continente africano em 2022 com foco na adaptação de comunidades vulneráveis às mudanças climáticas. Assim como no ano passado, na COP26, a COP27 também se baseia em quatro pilares essenciais para garantir uma transição justa e ambiciosa para um mundo mais resiliente e Net Zero. São eles:
Como em toda COP, as Partes (nações signatárias da ONU comprometidas com o clima) devem debater esses pontos-chave e estabelecer o melhor caminho para que sejam cumpridos mundialmente com base nas particularidades e desafios de cada local.
São esperados no evento líderes das nações, do setor privado, da academia e da sociedade, engajados em negociações de ações climáticas urgentes e efetivas no curto, médio e longo prazo. Mais de 2 mil palestrantes e 35 mil pessoas devem passar pela COP27.
Cada dia da Conferência é dedicado a um debate específico, de forma a contemplar as várias nuances do combate às mudanças climáticas. Confira a agenda de temas:
7 e 8 de novembro: Cúpula dos Líderes Mundiais
9 de novembro: Finanças
10 de novembro: Ciência & Juventude e Futuras Gerações
11 de novembro: Descarbonização
12 de novembro: Adaptação & Agricultura
14 de novembro: Água & Gênero
15 de novembro: Energia & Sociedade Civil (ACE)
16 de novembro: Biodiversidade
17 de novembro: Soluções
Além das negociações entre as Partes, a COP27 conta com uma série de eventos paralelos nas chamadas Green e Blue Zone do evento. Há também espaços dedicados a debates plurais, como o Brazil Climate Action Hub.
Conheça mais sobre as COPs e sua importância para o futuro do planeta.
Em nosso Twitter, você confere o #DiárioDeImpacto, uma cobertura diária da COP27 com os principais destaques do evento.
Cada vez mais, uma ação climática justa e resiliente se torna urgente para o futuro do planeta e da humanidade. Na semana passada, por exemplo, a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI) disse que somos capazes de sobreviver às crises econômicas, mas não a “crises climáticas inabaláveis”.
Por isso, alcançar metas Net Zero até 2050, com base na ciência climática, nunca foi tão importante!
Neste 20 de Outubro, o ImPacto NetZero se une à Science Based Targets Initiative (SBTi) no #NetZeroActionDay. A data celebra o que já está sendo feito pela ação climática, mas também reforça a necessidade de todos os setores, de Governos e empresas à sociedade, se mobilizarem globalmente.
A Klabin, companhia que lançou o movimento ImPacto NetZero, em parceria com a Rede Brasil do Pacto Global, teve suas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEEs) aprovadas pela SBTi em maio de 2021. Com isso, alinha-se a mais de três mil empresas pelo globo no compromisso de reduzir suas emissões com base na ciência.
A companhia também foi uma das primeiras empresas brasileiras a se comprometer com a campanha “Business Ambition for 1.5ºC”, liderada por agências da Organização das Nações Unidas (ONU) e pela SBTi. Mais recentemente, aderiu ao movimento Race to Zero, ampliando ainda mais o seu compromisso de reduzir e neutralizar as emissões de GEEs, a fim de contribuir de maneira efetiva para a mitigação das mudanças climáticas.
O ImPacto NetZero convida todos e todas no #NetZeroActionDay para se juntar ao movimento e à SBTi.
O britânico John Elkington foi uma das principais atrações deste ano no Inova Klabin Experience. Considerado o “pai da sustentabilidade”, o consultor realizou uma palestra no evento trazendo análises pontuais sobre o que o planeta e a humanidade estão vivenciando em termos de mudanças climáticas.
Durante sua fala, Elkington fez um alerta sobre a urgência de transformarmos nossas culturas de valores, tendo a tecnologia e as práticas ESG como aliadas. Apesar do cenário atual, ele se mostrou bastante otimista de que a transformação virá, principalmente, pelo incômodo dos jovens e pelas soluções sustentáveis que empresas ao redor do mundo, como a Klabin, estão adotando em suas cadeias.
O ImPacto NetZero esteve na cobertura do Inova Klabin Experience e conversou com John Elkington.
Em nosso papo, o consultor britânico reforçou seu otimismo em relação ao movimento das empresas pela inovação e pela sustentabilidade, que tem ganhado força e já é considerado um critério de seleção para bons negócios, inclusive no Brasil.
Elkington também pontuou que as companhias precisam pensar e realizar ações disruptivas que vão transformar o sistema no presente.
Assista à entrevista com o “pai da sustentabilidade”.
Inovação, sustentabilidade e tecnologia. Quem se aventurou pelo Inova Klabin Experience na última quarta-feira (21) já sabe que esses três pilares serão responsáveis pelos principais debates e ações pelo futuro do planeta.
Diretamente do Prédio da Fundação Bienal de São Paulo, no Parque do Ibirapuera, a Klabin elegeu o Dia da Árvore para reunir clientes, colaboradores, fornecedores e parceiros para prestigiarem um evento repleto de experiências, um dos mais aguardados pela cadeia da Companhia.
Em sua quinta edição, o Inova Klabin manteve a tradição de provocar e sensibilizar os convidados com questões que envolvem desde simples ações do cotidiano até as mais inovadoras soluções empresariais.
Em 2022, o Inova Klabin contou com uma superestrutura, pensada para ser sustentável, circular e prática. A grande maioria do mobiliário e da decoração do evento, por exemplo, foi produzida pela própria Klabin com papelão ondulado, sendo totalmente reciclável. O público presente, inclusive, pôde levar para casa peças da mobília ao final do encontro.
Os crachás do público também eram inovadores, sendo feitos de papel de semente, que poderiam ser plantados posteriormente.
A novidade neste ano foi a instalação de uma composteira, responsável pela reciclagem de todo o lixo orgânico gerado ao longo do dia, resultando em um evento zero resíduo. Os materiais utilizados foram substituídos por alternativas sustentáveis, como o KlaCup, o copo feito com o papel-cartão para copos desenvolvido pela Klabin.
Uma grande projeção também mostrou, ao longo do evento, quantas árvores a Companhia plantou enquanto o Inova Klabin acontecia. Ao final, o “Plantômetro” registrou mais de 55 mil novas árvores plantadas.
A primeira atração do Inova Klabin Experience ficou por conta da palestra com o britânico John Elkington, considerado o “pai da sustentabilidade” por ter criado o conceito de “triple bottom line”.
Durante sua fala, Elkington fez análises pontuais sobre o que o planeta e a humanidade estão vivenciando atualmente, como os eventos climáticos extremos no Brasil e no mundo todo.
Elkington também alertou que a tecnologia, em si, não será suficiente para dar conta das demandas do planeta se não houver, em conjunto, uma transformação profunda da cultura de valores. Para ele, o segredo está em agir pela e para a “Regeneração”, tendo como alicerce as práticas ESG.
Apesar do cenário, o estudioso se mostrou bastante otimista em sua fala e confiante de que a transformação virá, em especial, pelo incômodo dos jovens de hoje e de amanhã e pelas soluções sustentáveis que empresas ao redor do mundo, inclusive brasileiras, como a Klabin, já estão adotando em suas cadeias.
Elkington finalizou sua fala no evento ressaltando que mudanças são possíveis e deverão ser exponenciais, e que companhias como a Klabin e líderes de sucesso serão centrais para tais mudanças, assim como as políticas intergeracionais.
Outra grande atração do Inova Klabin foram as experiências imersivas divididas em cinco ambientes pensados para sensibilizar e promover mudanças de atitude no público presente. Elas receberam os nomes de Novos Negócios, Museu das Árvores, Timidez das Copas, Biodiversidade e Iniciativas Klabin.
A experiência Novos Negócios apresentou produtos sustentáveis, como combustíveis renováveis e bioprodutos de cuidado pessoal, que foram ressignificados com o uso de substâncias aproveitadas do processo produtivo da Klabin. O público pôde ver de perto algumas áreas em que a Companhia investe, como a da beleza e do autocuidado, que não estão ligadas a seus negócios clássicos.
Junto ao SOS Mata Atlântica, o ambiente Museu das Árvores propôs uma experiência que começava com a projeção de um vídeo simulando uma viagem no tempo para 2050, em que as mudanças climáticas alteraram a estrutura original da floresta amazônica e causaram diversas consequências para a população mundial. Em seguida, o público foi convidado a um passeio guiado pelo Parque do Ibirapuera, vendo de perto espécies de árvores importantes da Mata Atlântica e sendo sensibilizado para a urgência da conservação das florestas.
Na experiência Timidez das Copas, o artista e tecnologista Edson Pavoni construiu, junto ao público, uma obra de arte interativa. Os participantes eram convidados a juntar dobraduras feitas de papel em uma espécie de quebra-cabeça que simulava as copas das árvores de uma área de mata nativa conservada pela Klabin no Paraná. Com a ajuda de uma estrutura metálica e de algoritmos, a obra de arte reproduziu, em tempo real, os ventos da floresta de Telêmaco Borba.
Já em Biodiversidade, uma ação imersiva demonstrou as experiências sensoriais que os biomas brasileiros podem proporcionar às pessoas por meio de seus aromas, sabores e sons. Conduzida pela chef de cozinha Bel Coelho, que assinou o buffet do Inova Klabin, a experiência foi embasada na gastronomia, tendo como inspiração a economia circular, as culturas populares e a sustentabilidade.
Por fim, Iniciativas Klabin reuniu algumas soluções inovadoras desenvolvidas pela Companhia para clientes e parceiros. Por meio de atividades lúdicas e gamificadas, o público conheceu mais sobre os setores da empresa e atuou colaborativamente para a resolução de enigmas. A mensagem principal da ação foi a importância da cooperação e da cocriação na resolução de problemas.
Dois importantes momentos marcaram o encerramento do Inova Klabin. O primeiro deles foi a entrega do Prêmio Fornecedores do Ano Klabin 2022, com sete categorias premiadas: Florestal, Matérias-primas, Indústrias, Logística, Serviços Corporativos, Sustentabilidade e Inovação.
O segundo momento, ainda mais emocionante, foi a divulgação da campanha do Dia da Árvore da Klabin, que leva o nome “As árvores que nos tocam”. Com a proposta de questionar o que as árvores nos diriam se elas pudessem falar, a Companhia, em parceria com a Agência OMZ, se propôs a ouvi-las e transformá-las em música.
A Orquestra Sinfônica de Heliópolis foi a escolhida para dar som às árvores na campanha. Para fechar a noite, a Orquestra se apresentou ao vivo no palco do Inova Klabin.
Assista ao vídeo da campanha aqui.
À primeira vista, a palavra “Inovabilidade” (do inglês Innovability) pode parecer um termo complexo e distante para o setor privado. Mas basta olharmos com atenção para o seu significado para entendermos que o termo já faz parte - ou deveria fazer - dos processos empresariais que se interessam e se responsabilizam pelo futuro do planeta.
Inovabilidade nada mais é do que inovar tendo como premissa a sustentabilidade. Em outras palavras, é a capacidade de gerar produtos e serviços que sejam coerentes com as demandas socioambientais, sem perder de vista a rentabilidade e a competitividade.
Parece claro que as atuais prospecções das mudanças climáticas, como as calculadas pelos relatórios do IPCC, mostram que não há outro caminho senão o de modificar as estruturas e reduzir drasticamente as emissões de gases de efeito estufa (GEEs). Isso inclui, é claro, o setor privado. Muitas empresas, porém, ainda não se deram conta de que inovar com sustentabilidade é, justamente, esse caminho - e elas serão cobradas se não se adaptarem.
Em primeiro lugar, porque a Inovabilidade é a única alternativa para se pensar o empreendedorismo no futuro. Não haverá empresas se não houver um planeta possível. E, para isso, o setor privado precisa se esforçar para garantir que as suas ações e decisões sejam cada vez mais sustentáveis.
Além de essencial para o planeta, a Inovabilidade também é importante para os negócios. Assim como as práticas ESG já são uma régua de seleção dos melhores negócios, inovar com sustentabilidade também será um parâmetro para avaliar quais empresas estão preparadas para o futuro. Mais do que isso: quais se comprometeram com a construção desse futuro.
Isso sem contar os inúmeros benefícios para as próprias companhias. De acordo com o relatório da consultoria Allied Market Research, dos EUA, os investimentos em empresas que inovam com sustentabilidade vão passar de “US$ 6,8 bilhões (2018) para US$ 44,6 bilhões em 2026.” Ou seja, Inovabilidade também é sinônimo de lucro!
É importante destacar que pensar e praticar a Inovabilidade não é papo apenas para grandes empresas. Todas as companhias, das maiores às menores, podem adotar em sua cadeia produtiva inovações sustentáveis.
Na Klabin, por exemplo, a Inovabilidade já é uma realidade. A Companhia lidera o desenvolvimento sustentável no mercado e tem aperfeiçoado seus processos e soluções com base na inovação com sustentabilidade.
Recentemente, a Companhia inaugurou, em Ortigueira (PR), como parte do Projeto Puma II, um importante projeto que ampliará a participação de combustíveis renováveis em sua matriz energética. Trata-se da gaseificação da biomassa. Com isso, a empresa deixará de consumir 21,5 mil toneladas por ano de óleo BPF, combustível derivado de petróleo, para abastecer um de seus fornos de cal. Com a medida, será possível reduzir cerca de 67 mil toneladas de CO2 equivalente por ano nas emissões de GEEs provenientes das operações da empresa.
Outro projeto inovador da Companhia é o Eukaliner, um produto inédito no mercado que consiste em um papel kraftliner produzido exclusivamente com fibra de eucalipto, reforçando o portfólio de bioprodutos. O papel proporciona melhor estrutura e resistência na produção de embalagens de papelão ondulado, além de garantir melhor qualidade de impressão e possibilidade de redução de gramatura, e ainda demanda menor área plantada. Um combo que alia eficiência com sustentabilidade!
A Inovabilidade está ao alcance das empresas que acreditam em negócios sustentáveis e em um planeta resiliente. Com atitude e inovação, o futuro é possível!
Rumo à sua 5ª edição, o Inova Klabin retorna ao formato presencial e promete diversas experiências e debates.
O Inova Klabin é um dos eventos mais aguardados pela cadeia da Companhia para debater a inovação e a inovabilidade por um futuro mais sustentável. Desde 2017, o encontro busca provocar, sensibilizar e responder a questões que envolvem a inovação, a tecnologia e a sustentabilidade frente a uma sociedade cada vez mais crítica.
Participam do evento clientes, colaboradores, fornecedores e parceiros da Klabin, que são convidados a acompanhar palestras e imergir em experiências diversas. O evento também é uma oportunidade para dar visibilidade às soluções inovadoras já adotadas pela Companhia.
Em 2021, o Inova Klabin foi 100% virtual devido à pandemia. Neste ano, com a volta do formato presencial, o evento será realizado no Prédio da Bienal, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. A data, não por acaso, é a mesma do Dia da Árvore: 21 de setembro.
Em 2022, a inovação a serviço de um mundo melhor ganha destaque e serão apresentadas iniciativas que contribuem para solucionar desafios de todo o planeta, alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
Além de uma grande plenária para as apresentações, o evento contará com cinco grandes ambientes que o público poderá percorrer em uma jornada de experiências.
O Inova Klabin conta também com a participação de grandes nomes, como a chef de cozinha Bel Coelho, o artista e tecnologista Edson Pavoni e John Elkington, conhecido como o “pai da sustentabilidade” .
O ImPacto NetZero estará presente no evento, trazendo informações de destaque em tempo real pelo Twitter @ImPactoNetZero e aqui no site.
Inova Klabin Experience
21 de setembro
Prédio da Bienal
Das 11h às 20h
Imagine uma panela de pressão cozinhando sobre o fogo. Quanto maior e mais quente a chama, mais rápido e potente é o que acontece dentro dela.
Assim também é o mecanismo do aquecimento global, que há décadas preocupa cientistas e estudiosos do clima. Como no interior da panela, a temperatura da Terra também está aumentando e já é sentida em maior ou menor escala em todo o planeta.
Mas, diferentemente da chama que aquece a panela, que pode ser desligada a qualquer momento, o planeta continua a aquecer ano após ano, e consequências devastadoras ameaçam a vida na Terra como a conhecemos.
Uma dessas consequências são as mudanças climáticas.
Para entender o que são e por que existem, o ImPacto NetZero preparou um Guia das Mudanças Climáticas, respondendo a seis perguntas sobre o tema.
Mudanças climáticas são alterações nos padrões gerais de clima da Terra causadas por fenômenos naturais ou por um conjunto de práticas humanas, como as emissões desenfreadas de gases de efeito estufa (GEEs), por exemplo.
O aquecimento global e o efeito estufa estão intimamente relacionados às mudanças do clima, produzindo graves impactos socioambientais, como perdas e danos a comunidades, aumento de eventos climáticos extremos, destruição de ecossistemas e de biodiversidades, e além.
Apesar de também serem causadas por fenômenos naturais, as mudanças do clima vistas e sentidas ao longo das últimas décadas são frutos da ação humana desenfreada.
De acordo com a WWF Brasil, as principais atividades humanas associadas às mudanças climáticas são “a queima de combustíveis fósseis (derivados do petróleo, carvão mineral e gás natural) para geração de energia; atividades industriais e transportes; conversão do uso do solo; agropecuária; descarte de resíduos sólidos (lixo) e desmatamento.”
Em 2021, o 6º Relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) apontou que a Terra aqueceu mais de um grau celsius em comparação aos níveis pré-industriais e que esse aumento já era suficiente para gerar consequências catastróficas à vida no planeta.
Agora, um novo relatório do IPCC, de fevereiro deste ano, aponta e dimensiona os impactos das mudanças do clima se nada ou pouco for feito. Entre os destaques do IPCC estão a iminente inflexão de biomas, a estimativa de que três bilhões de pessoas podem sofrer “escassez crônica de água” e o dado de que os seres humanos estão perdendo a capacidade de se adaptarem.
No Brasil, em especial, essas mudanças podem gerar impactos socioambientais graves como secas ainda mais prolongadas, surtos de doenças infecciosas e produções agrícolas escassas.
Conheça outras três atuais consequências das mudanças climáticas.
Nas palavras do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, as consequências apontadas pelo novo relatório do IPCC sobre um planeta ainda mais quente são consideradas um “atlas do sofrimento humano.”
As mudanças climáticas são um risco para a vida de todas as espécies, em todas as esferas e em todos os lugares.
Isso significa que todas as pessoas, em maior ou menor grau, já são ou serão expostas aos mais diversos impactos das mudanças do clima, mesmo que sejam as menos responsáveis por elas.
Por isso, preocupar-se com um planeta mais justo, sustentável e resiliente é uma questão de sobrevivência tanto individual quanto coletiva.
Segundo Lincoln Alves, pesquisador no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), reduzir significativamente as emissões de GEEs é a principal ação para combater as mudanças climáticas em curso.
“Isso pode ser atingido de diversas formas, entre elas redução do desmatamento, restauração de áreas desmatadas, transição da matriz energética para energia limpa”, explica. Para tanto, são necessárias ações integradas, urgentes e estratégicas entre governos, setor privado e sociedade civil.
Alves ainda pontua que “melhorar a educação, aumentar a conscientização e a capacidade humana e institucional sobre mitigação e adaptação” são aspectos importantes na luta contra as mudanças do clima.
De acordo com a ONU e o IPCC, “financiamento adequado, transferência de tecnologia, comprometimento político e parcerias” também são caminhos possíveis. Além disso, cada pessoa pode fazer sua parte, cobrando de seus governantes, realizando pequenas mudanças de hábitos no cotidiano e divulgando o conhecimento sobre a crise climática.
As evidências da ciência climática, como os próprios relatórios do IPCC, continuam sendo uma ferramenta-chave na luta por um planeta mais sustentável.
“Não é preciso ser um expert para observar que a mudança do clima é real. Não será preciso esperar o futuro, a próxima década. A mudança climática já está afetando todas as regiões do globo, e seu impacto já é percebido em todos os setores estratégicos”, pontua Lincoln Alves.
Apesar de existirem ainda muitos mitos em relação às mudanças climáticas, aprofundar-se no assunto e difundir a ideia de que elas precisam ser combatidas com urgência é um dos caminhos para se alcançar um futuro possível.
Confira cinco mitos sobre as mudanças do clima.
Terra, Natureza, Mulher.
Três substantivos femininos.
Três potências conectadas.
Entre essas palavras, existem personagens inspiradoras da vida real que demonstram a importância de se preservar essa conexão.
Em celebração ao Dia Internacional da Mulher 2022, o ImPacto NetZero conta a história de duas delas que, por meio de seu trabalho, dedicam sua existência a ouvir os chamados da mãe Terra e de outras tantas mulheres.
Onde há natureza, lá está Paulina Chamorro em busca de uma história para contar.
De raízes chilenas e alma brasileira, Paulina, desde muito nova, aprendeu a ouvir os chamados da Terra. Nas ondas que rebentam na imensidão dos oceanos, ela se deu conta de que existe algo muito maior e especial entre nós e o planeta.
Anos mais tarde, já tendo atravessado a Sul-América, Paulina encontrou no Brasil uma maneira de transformar suas inquietações e pensamentos em comunicação. Embrenhada na floresta ou a bordo em alto-mar, a jornalista especializada em temas socioambientais registra histórias, sobretudo de mulheres, e suas relações com a natureza.
Nomeada por ela mesma como "ativista da comunicação amorosa”, Paulina dá voz, lugar e reconhecimento para sujeitos femininos no seu mais atual projeto “Mulheres na Conservação”, ao lado do fotógrafo João Marcos Rosa. São histórias reais de mulheres que personificam a Terra e que resistem com alegria na luta pelo planeta, assim como ela.
Além do “Mulheres na Conservação”, Paulina ainda encontra motivação por meio das palavras em seu podcast “Vozes do Planeta”, do balanço das marés na “Liga das Mulheres pelo Oceano” e de outros tantos projetos que recebem o olhar e a escuta atenta da repórter.
A história de Natalie Unterstell poderia ter sido escrita de muitas outras maneiras, não fosse pelas batidas de seu coração.
Aos dezoito anos, pousou na Amazônia e se deu conta de que, ao ouvir os chamados de dentro, descobriria uma outra Natalie. Desde então, não ousou viver de outra maneira: escutando seus instintos e observando as demandas do planeta com mais atenção.
Manter-se firme em seus propósitos é o grande lema da administradora especialista em políticas públicas. Otimista e adepta aos diálogos, Natalie é tanto voz ativa quanto espaço de acolhimento. E, entre questionamentos, palavras e ações, vai transformando pedaços do todo, um de cada vez e nunca sozinha.
Apesar de não ter uma formação na área ambiental, fez da crise climática sua batalha e de um planeta possível no futuro o seu ideal. Seja no setor público, privado ou em iniciativas próprias, como o Instituto Talanoa, que preside, Natalie encontrou na força das mulheres - incluindo ela mesma - uma poderosa ferramenta de mudança.
Unidas por anos de diferença e experiências mil, a Natalie de hoje e a de ontem seguem caminhando juntas pelo mesmo ideal, convictas de que as maiores mudanças começam, primeiro, pelo lado de dentro para então se expandirem e mudarem o mundo.
A Sustentabilidade é um conjunto de práticas e estratégias para conservar o planeta, sem afetar as futuras gerações.
O tema tem estado, cada vez mais, no centro das discussões das empresas, mas você sabia que a sustentabilidade também pode começar em casa? Por meio de pequenas mudanças é possível adquirir novos hábitos e gerar impactos positivos no longo prazo.
Confira exemplos de como ser sustentável em casa e adaptar ações para o seu dia a dia.
Todo lixo gerado por você é de sua responsabilidade! Por isso, é preciso atenção com o volume e a maneira como é descartado.
Movimentos como Uma Vida Sem Lixo, por exemplo, indicam estratégias para reduzir ao máximo a produção de resíduos em casa ou para fazer sua composteira para lixos orgânicos.
Separar corretamente o lixo reciclável também é uma ação sustentável que pode ser adotada por qualquer pessoa. Muitas cidades possuem serviços de coleta seletiva, que recolhem esse tipo de resíduo
Produzir seu próprio alimento, além de saudável, também é sustentável!
Hortas residenciais são práticas e não demandam muito espaço. Basta dedicação, rega e uma boa dose de luz solar para que as hortaliças prosperem. Mas cuidado com desperdícios!
Saiba como montar a sua.
Apesar de os painéis solares ainda serem uma realidade distante para muitas pessoas, é possível economizar energia e contribuir com o planeta de outras formas.
Diminuir o tempo do banho, optar por eletrodomésticos com selos sustentáveis e retirar aparelhos da tomada quando não estão sendo utilizados parecem atitudes óbvias, mas reduzem e muito o consumo de energia.
E, se você pode investir em energia verde, já existem opções disponíveis no mercado de tecnologia solar adaptada para residências.
Escolhas sustentáveis em casa também podem começar desde sua concepção.
Se você vai construir um imóvel, que tal optar por materiais sustentáveis e com selos verificados de proteção ambiental? Pesquisar e comparar é uma boa pedida!
O mesmo vale para a escolha dos móveis e da decoração. Prefira aqueles com selos de reflorestamento ou de reciclagem, por exemplo, que geram menos impacto.
Por fim, uma vida mais sustentável em casa também passa pelo que é consumido dentro dela.
Ao escolher produtos e empresas, prefira aqueles que possuem menor impacto ambiental e zero desmatamento ilegal em suas cadeias.
Para saber se uma empresa é sustentável, pesquise sobre seus produtos, como são feitos e para que são utilizados. Além disso, consulte sobre programas e iniciativas em que elas investem e de que fazem parte. Também atente-se aos Relatórios de Sustentabilidade, documentos oficiais divulgados periodicamente pelas companhias.
Confira outras seis dicas para reduzir as emissões de carbono no dia a dia.
Nunca antes como em 2021 se pesquisou tanto sobre “Mudanças Climáticas”. A afirmação é da Year in Search 2021, lista anual de tendências do Google.
Não é por acaso! Em 2021, o mundo se deparou com limites e extremos no clima, consequência do que há muito especialistas alertam: as mudanças climáticas estão aqui e agora, em todas as regiões do planeta, em maior ou menor grau.
Em agosto, o secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou que o futuro das espécies e do planeta está em “código vermelho”, após o lançamento do 6º Relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). O documento aponta que a Terra já aqueceu mais de um grau celsius em comparação aos níveis pré-industriais, em grande parte pela emissão, poluição e degradação resultantes de atividades humanas desenfreadas.
Mas, se a ação humana é responsável pelo planeta de hoje, então é pela própria humanidade que um novo futuro pode ser construído coletivamente. Em 2021, além de “Mudanças Climáticas”, o termo “Sustentabilidade” bateu recorde mundial de pesquisas, também de acordo com o Year in Search 2021.
Apesar de ainda haver muito a se fazer, este ano mostrou que muito já está sendo feito - e por vir! Nas palavras de Joyce Msuya, diretora-executiva adjunta do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), “2021 deve marcar o início da era da ação”.
Em ritmo de fim de ano, confira uma retrospectiva com alguns destaques da ação climática global em 2021:
Em novembro, líderes políticos, ativistas, organizações e representantes de empresas e da sociedade civil se encontraram em Glasgow, Reino Unido, para a 26ª Conferência das Partes (COP26), a maior reunião sobre clima da ONU.
Adiada em um ano devido à pandemia, a Conferência foi um dos eventos mais aguardados de 2021, sendo considerada um possível “ponto de virada” para um planeta mais resiliente às mudanças climáticas.
Depois de duas semanas intensas de negociações, o mundo conheceu os novos acordos firmados entre as Partes (nações signatárias da ONU) e viu outros antigos serem concluídos, como o Livro de Regras do Acordo de Paris. Neste ano, pela primeira vez na história das COPs, o acordo final da Conferência cita “Combustíveis Fósseis” como um recurso a ser superado e substituído em definitivo.
Entre os destaques da COP26 estão o Acordo de Florestas (zerar a perda de florestas até 2030) e o Acordo do Metano (cortar em 30% as emissões globais do gás até 2030). Já o Brasil divulgou na Conferência que pretende ser carbono neutro até 2050 e cortar em 50% suas emissões até 2030, entre outras definições. Confira aqui um resumo das principais negociações.
Em 2021, mais de 1300 empresas globais de diversos portes e setores se comprometeram com metas baseadas na ciência climática junto à Science Based Targets initiative (SBTi). De 2015 para cá, esse é o maior número de companhias estabelecendo metas em um único ano.
De acordo com dados da iniciativa, mais de 2220 empresas estão engajadas hoje com alguma meta em prol do planeta, sendo quase 1120 agindo para limitar o aquecimento a 1,5ºC. Do Brasil já são 31 companhias alinhadas à SBTi, incluindo a Klabin.
A SBTi é uma iniciativa que oferece métodos e ferramentas para que empresas estabeleçam metas baseadas na ciência climática para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa (GEEs).
O ano de 2021 também foi especial para o meio ambiente e para a educação ambiental, que receberam importantes avanços por meio da ONU.
Em outubro, “o Conselho de Direitos Humanos da ONU reconheceu, pela primeira vez, que ter o meio ambiente limpo, saudável e sustentável é um direito humano.” Diante da crise climática, que se agrava em comunidades vulneráveis, o reconhecimento é uma constatação da necessidade de seguirmos lutando por um planeta mais resiliente e que ofereça condições para o direito de existir.
Cinco meses antes, em maio, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) adotou a Declaração de Berlim sobre Educação para o Desenvolvimento Sustentável (EDS). O objetivo da Declaração é tornar a educação ambiental um componente curricular básico até 2025, com “uma série de políticas para transformar a aprendizagem.” A adoção do documento foi endossada por uma análise da UNESCO dos currículos escolares básicos de 50 países, a qual constatou que “mais da metade desses planos e currículos não fazem qualquer referência à mudança climática e apenas 19% deles tratam sobre biodiversidade.”
Em outubro, o Brasil sediou o Fórum Mundial de Bioeconomia 2021, em Belém (PA). Foi a primeira edição do evento fora da Europa.
Em formato híbrido, o Fórum reuniu públicos e palestrantes de diversos países para debater a importância da bioeconomia e das soluções baseadas na natureza para um futuro mais sustentável. Temas como Bioeconomia na Amazônia, Financiamento Sustentável, Saúde e Bioeconomia estiveram em pauta no evento.
O Fórum Mundial de Bioeconomia resultou no lançamento da Declaração 2021, que reconhece a bioeconomia como uma alternativa valiosa para “abrir novas fronteiras para a conservação e o uso sustentável da biodiversidade e dos ecossistemas, bem como para a inovação e o aumento da produtividade no uso econômico de recursos de base biológica.” O documento também declara o Pará como o primeiro estado brasileiro a adotar uma Bioestratégia para incentivar ações de base natural.
Meses antes, o Fórum estabeleceu o dia 7 de julho como o Dia Mundial do Bioproduto, uma data para celebrar e incentivar o uso de produtos de base biológica no combate às mudanças climáticas.
Também em 2021, projetos, movimentos e campanhas em prol de um mundo Net Zero foram criados e ampliados global e localmente. Agora, a pauta já é uma das mais debatidas no setor empresarial, por exemplo, acompanhada das práticas ESG (Ambiental, Social e Governança, na sigla em inglês).
Assim como o ESG, o tema Net Zero deve ganhar ainda mais força nos próximos anos e tornar-se um marcador de seleção de companhias e negócios que se preocupam, se responsabilizam e agem para combater as mudanças climáticas. Afinal, quem não se adaptar às demandas do planeta tem grandes chances de “ficar para trás”.
Pensando na urgência e no compromisso com a sustentabilidade, a Klabin e a Rede Brasil do Pacto Global da ONU se uniram, neste ano, para o lançamento do nosso movimento, o ImPacto NetZero. Nosso objetivo é mobilizar empresas e sociedade a adotarem uma economia de baixo carbono para redução das emissões de gases de efeito estufa.
Ao longo de 2021, os canais do movimento impactaram significativamente pequenas, médias e grandes empresas, além da sociedade civil. Nossos conteúdos foram acessados em larga escala, em especial os que demonstram preocupação com ações sustentáveis, como o “6 dicas para reduzir a emissão de carbono no dia a dia”.
Saiba mais sobre como fazer parte do movimento aqui.
A maior reunião sobre clima da Organização das Nações Unidas (ONU) está de volta depois de um hiato devido à pandemia.
Prestes a começar em Glasgow, no Reino Unido, a 26ª Conferência das Partes (COP26) já é considerada um dos eventos mais importantes de 2021 e um “ponto de virada” para as próximas décadas.
Entenda o que são as COPs e sua importância.
De 01 a 12 de novembro, líderes das nações mundiais, do setor privado, da academia e da sociedade irão debater e negociar ações climáticas urgentes e efetivas no curto, médio e longo prazo. São essas negociações que determinarão os rumos do futuro do planeta e da humanidade.
Por isso, a COP26 elaborou o Presidency Programme* (Programa da Presidência, em tradução livre), uma agenda com os principais debates diários da Conferência, que vão de Finanças, Transporte e Ciência até Gênero e Natureza. De acordo com o site do evento, a agenda foca em “questões-chave para impulsionar a ambição e a ação.”
Confira abaixo os dias e temas do Presidency Programme.
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Além do Presidency Programme, a COP26 também organiza o Green Zone Programme*, uma série de eventos paralelos às negociações que podem ser conferidos ao vivo, no Centro de Ciência de Glasgow, ou virtualmente, pelo canal do YouTube da COP26.
Confira a agenda do Green Zone Programme aqui.
*A programação do Presidency Programme e do Green Zone Programme são oficiais, podendo sofrer alterações durante a COP26, de acordo com as necessidades da organização da Conferência.
Em nosso Twitter você confere a agenda diária da COP26 e a cobertura com os principais destaques do evento.