Mulheres pelo Planeta

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Terra, Natureza, Mulher.
Três substantivos femininos.
Três potências conectadas.

Entre essas palavras, existem personagens inspiradoras da vida real que demonstram a importância de se preservar essa conexão.

Em celebração ao Dia Internacional da Mulher 2022, o ImPacto NetZero conta a história de duas delas que, por meio de seu trabalho, dedicam sua existência a ouvir os chamados da mãe Terra e de outras tantas mulheres.

Paulina Chamorro

Onde há natureza, lá está Paulina Chamorro em busca de uma história para contar.

De raízes chilenas e alma brasileira, Paulina, desde muito nova, aprendeu a ouvir os chamados da Terra. Nas ondas que rebentam na imensidão dos oceanos, ela se deu conta de que existe algo muito maior e especial entre nós e o planeta. 

Anos mais tarde, já tendo atravessado a Sul-América, Paulina encontrou no Brasil uma maneira de transformar suas inquietações e pensamentos em comunicação. Embrenhada na floresta ou a bordo em alto-mar, a jornalista especializada em temas socioambientais registra histórias, sobretudo de mulheres, e suas relações com a natureza.

Nomeada por ela mesma como "ativista da comunicação amorosa”, Paulina dá voz, lugar e reconhecimento para sujeitos femininos no seu mais atual projeto “Mulheres na Conservação”, ao lado do fotógrafo João Marcos Rosa. São histórias reais de mulheres que personificam a Terra e que resistem com alegria na luta pelo planeta, assim como ela.

Além do “Mulheres na Conservação”, Paulina ainda encontra motivação por meio das palavras em seu podcast “Vozes do Planeta”, do balanço das marés na “Liga das Mulheres pelo Oceano” e de outros tantos projetos que recebem o olhar e a escuta atenta da repórter.

Natalie Unterstell

A história de Natalie Unterstell poderia ter sido escrita de muitas outras maneiras, não fosse pelas batidas de seu coração.

Aos dezoito anos, pousou na Amazônia e se deu conta de que, ao ouvir os chamados de dentro, descobriria uma outra Natalie. Desde então, não ousou viver de outra maneira: escutando seus instintos e observando as demandas do planeta com mais atenção.

Manter-se firme em seus propósitos é o grande lema da administradora especialista em políticas públicas. Otimista e adepta aos diálogos, Natalie é tanto voz ativa quanto espaço de acolhimento. E, entre questionamentos, palavras e ações, vai transformando pedaços do todo, um de cada vez e nunca sozinha. 

Apesar de não ter uma formação na área ambiental, fez da crise climática sua batalha e de um planeta possível no futuro o seu ideal. Seja no setor público, privado ou em iniciativas próprias, como o Instituto Talanoa, que preside, Natalie encontrou na força das mulheres - incluindo ela mesma - uma poderosa ferramenta de mudança.

Unidas por anos de diferença e experiências mil, a Natalie de hoje e a de ontem seguem caminhando juntas pelo mesmo ideal, convictas de que as maiores mudanças começam, primeiro, pelo lado de dentro para então se expandirem e mudarem o mundo.